segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Parapsicologia e Feitiço

UMA ANÁLISE SOBRE O FEITIÇO
Somos sabedores que os feiticeiros exercem uma profissão de fato e seus serviços podem ser contratados para o bem, ou seja, para afastar espíritos malignos, quebrar encantos, curar doenças, etc. Por outro lado, também trabalha secretamente para o mal. Possuem "mau-olhado"; podem "enfeitiçar"; fabricam imagens das pessoas que desejam matar ou torturar e espetam-nas com alfinetes e agulhas, espinhos e pregos; reúnem-se, à noite, em cemitérios e proferem encantamentos profanos. Nossa sociedade é socialmente estratificada, isto é, dividida em classes, nas quais os meios de comunicação entre dois indivíduos estão estritamente restringidos e modificados por sua ascendência e posição, surgindo, dessa forma, os preconceitos e privilégios de classes. É comum os subordinados apresentarem comportamentos que, com freqüência, demonstram e revelam submissão à autoridade. Nesse caso, o papel social merece uma atenção especial, visto que a comunicação não é facilitada ou retardada apenas pela interação das suas personalidades, mas também pelos papéis que cada um desempenha na sociedade. Conseqüentemente, esses feiticeiros são temidos e respeitados uma vez que os papéis por eles desempenhados revestem-se de grande significado para aqueles que depositam uma fé cega na sua eficiência.
O supersticioso atribui a maior parte dos seus infortúnios à feitiçaria usada contra ele por alguém que tenha motivo de queixa mais ou menos justificado ou, mesmo, sem motivo justo. Alguns vivem sempre a consultar o feiticeiro que julgam capaz de revelar-lhe o futuro ou quando suspeitam que alguém está tentando prejudicá-los com "feitiço". Se os seus males permanecem, nova consulta é feita sempre com um único propósito: livrar-se do mal que existe apenas nas suas mentes, criando-se uma dependência psicológica em relação ao feiticeiro.
Sempre encontramos alguém que levanta a questão sobre a atuação do feitiço argumentando que uma pessoa, apesar de desconhecer a existência de um feitiço preparado contra ela, pode, às vezes, ser atingida pela "ação do feiticeiro". Pensa que, nestes casos, fica comprovado que ninguém está livre de ser atingido por essas "forças sobrenaturais", desconhecendo que, a nível inconsciente, pode-se captar o estado psíquico de alguém (telepatia). Assim, a mentalização dirigida de forma egoísta ou maléfica resulta num bombardeio psíquico de uma eficiência incomum, quando captada a nível inconsciente por um indivíduo supersticioso. A atuação desta sugestão telepática sobre as pessoas depende da sensibilidade do percipiente e do seu grau de crença em superstições. Um Indivíduo supersticioso, com baixa sensibilidade, poderá somatizar uma sugestão telepática negativa em forma de indisposição orgânica. Um outro, de maior sensibilidade, poderá Intensificar seu quadro clínico com sintomas e sinais mais graves, principalmente se ele for um hipocondríaco, tornando-o predisposto a enfermidades verdadeiras. No caso de um indivíduo com tendência suicida, a "ação do feiticeiro" poderá complicar a sua situação psicológica, oferecendo, dessa forma, resistência a qualquer tratamento psicoterápico e medicamentoso. Na verdade, todos esses indivíduos acreditam na existência de um poder místico ou espiritual que rege a feitiçaria e, por admitirem a sua existência, estão expostos a toda sorte de malefícios, frutos da própria imaginação. O que poderá atingir uma mente supersticiosa, senão doenças, perseguições, insucessos, ficando altamente vulnerável a qualquer tipo de sugestão, quer as receba a nível consciente, quer a nível inconsciente, como é o caso da sugestão telepática?!
Em qualquer dos casos, deve-se ter bem claro o seguinte: a enfermidade só ocorrerá se a mensagem telepática for acolhida pelo psiquismo inconsciente da pessoa a ser afetada, ocorrendo, dessa forma, uma telessomatização, que consiste na conversão de um comunicado telepático em modificação fisiológica no organismo do percipiente. A informação psigâmica, ao alcançar o inconsciente do receptor, pode transferir-se para o nível consciente. Conforme consenso entre os parapsicólogos, essa passagem de informação psigâmica pode ocorrer instantaneamente ou sofrer retardamentos por bloqueios psicológicos os mais diversos.